14 de outubro de 2014

Grandes sucessos brasileiros: Ford Escort XR3


  Boa noite pessoal. Giro Automotivo na área, agora só algumas palavrinhas. Quem lembra da série dos Grandes brasileiros, uma série de grande sucesso no antigo Projetos Lokos, ela está aqui novamente com mais carros, mais clássicos nacionais, agora a série se chama: Grandes sucessos brasileiros. Quem acompanham o antigo site e os que andaram lendo o nosso arquivo morto, percebeu que sou fã de Ford, mas é um blog automotivo e não se pode priorizar uma só marca, mesmo assim, queria trazer para esse retorno um carro que eu sou grande fã e que de verdade mesmo, é um grande merecedor de estar dentro dessa seleção dos Grandes sucessos brasileiros.


  Os conversíveis nunca fizeram o sucesso merecido aqui em terras brasileiras, e ninguém sabe dizer o porque, muito estranho eles não conquistar o mercado em um pais como o Brasil, de clima tropical e com todas nossas praias. Após o Karmann Ghia deixar de ser fabricado nos anos 70, o mercado nacional ficou sem nenhum representante conversível que fosse original de fábrica. Só existiam alguns poucos fora-de-série como o Miura e o Puma, e assim foi até 1985, quando a Ford resolveu apostar no lançamento do Escort Xr3, versão descapotável original de fábrica.

  No rastro do sucesso da versão fechada do Xr3, a Ford apostou no projeto alemão do conversível e traze-lo para o Brasil. O carro estabelecia um padrão qualidade que era desconhecido nos nacionais até então, do Xr3 original original para o Xr3 conversível foram trocadas 350 peças. Para montar o monobloco, a própria Karmann Ghia fazia o serviço de montagem. A vedação era uma das razões do preconceito contra os carros conversíveis, nesse quesito o Escort era bem elogiado. Toda essa qualidade e esse esmero, tinha seu preço, enquanto a versão fechada do Xr3 custava em torno de 41 milhões de cruzeiros, a exclusividade de escolher entre aberto e fechado, era necessário desembolsar mais de 72 milhões, pelos cálculos da época esse era o valor suficiente para comprar três unidades de Fiat Uno S e ainda sobrar um bom dinheiro.

  Depende de cada um avaliar se ele valia o preço pedido. No modelo de 1985, a estrutura do teto não apresentava ruído, nem vibrações. Mas ele tinha uma falta leve de acerto, causado pela perda de rigidez. O motor era o 1.6 a álcool, que gerava até 82 cavalos, que não era muito motivador, ele fazia de 0 a 100 km/h em 13,9 segundos e velocidade máxima de 156 km/h com a capota baixa. Mas a percepção de desempenho parece ser mais do que é na verdade, o pequeno volante esportivo ajuda para que isso aconteça. A linha passou pela primeira reestilização em 1987. Em 1989, com um presente da união entre a Ford e a Volkswagen, ele ganhou o famoso motor AP 1.8. Esse clássico brasileiro durou até 1995, quando deixou de ser fabricado, junto com o Xr3 fechado.

  Atualmente é fácil de se entender o motivo pelo qual não são feitos mais modelos conversíveis, o que é uma grande pena. Pois uma das melhores coisas para se fazer sobre quatro rodas, com certeza é pegar a estrada em um dia ensolarado dentro de um carro como esse.
  Lembrando que o Escort Xr3, tanto na versão fechada quanto na conversível, é uma raridade no mundo automotivo no meio dos nacionais, e é um carro bem cotado para valorizar cada vez mais nos próximos anos.

  Opinião Giro Automotivo: Eu sou suspeito para comentar quanto ao Escort Xr3, independente dele sendo conversível, teto solar, não tem importância, com certeza é um carro que eu teria que ter mais que dois exemplares no meu acervo, falando assim parece que eu tenho dinheiro né pessoal, mas não, é só imaginação mesmo, e o Xr3 bem como tantos outros modelos teria um espaço reservado na minha garagem. Junto com as fotos de um modelo 1985, eu tive que colocar fotos do ultimo modelo que deu adeus 1995, o chamado Europeu, equipado com o motor AP 2.0 8v injetado, que rendia a ele os melhores numero em um Xr3 aqui no Brasil, e não seria nenhuma mentira falar que eram os melhores números apresentados por um Escort aqui no Brasil, e não fale em 1.8 Zetec SE, era mais fraco e não atingia os números do 2.0 AP, nem com as 16 válvulas, ao contrario das 8 do 2.0. 




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