22 de outubro de 2014

Salão do Automóvel no passado: São Paulo, 1988.


  Boa tarde pessoal. Eu não poderia deixar de falar sobre o salão do automóvel de São Paulo que vai começar dia 30 de Outubro e vai até dia 9 de Novembro, para aqueles que realmente gostam de carros, essa data é uma data bem importante e um evento que muitos não conseguem faltar, como uma tradição, dizem que depois que se visita o evento em um ano, a probabilidade de querer retornar no próximo ano é bem grande e dessa maneira sucessivamente.


  Pois então galera, tempo e dinheiro sempre foram os principais culpados por eu nunca ter visitado um salão do automóvel, minha viagem para o evento desse ano novamente foi abortada, mas ano que nada me impede, mas acho melhor esperar para ver se vai ser bem assim.
  Perdido no meio das minhas revistas antigas, pois colecionar esse tipo de coisa é de praxe para um fã de tudo ligado ao mundo automotivo. No meio dessas revistas, eu encontrei dentre tantas outras, uma revista de 1988 perdida no meio de revistas do ano 2000, justo está revista é a edição especial que apresentava os modelos que seriam apresentados no salão do automóvel daquele ano e posteriormente lançados em 1989, ou não, isso é uma bela prova de como os tempos mudaram. Continue lendo para acompanhar essa viagem ao passado automotivo, cara, eu nem era nascido, e isso é muito louco, desde de sempre sabia que gostava mais de carros daqueles tempos do que os atuais, claro, falando de Brasil né pessoal.

  No estande da Revista Quatro Rodas, o destaque era o já campeão de vendas, Gol, mas nesse caso era a versão GTS com 50 mil quilômetros que acabava de sair do teste de desmonte feita pela revista Quatro Rodas.
  Na época o carro era elogiado pelo seu desempenho mas junto ao teste, não foram poucas reclamações quanto a sua suspensão muito dura, os bancos anatômicos e suas deficiências de acabamento. Na revista contém o desmonte e todas as opiniões e o diagnóstico final para o Gol GTS, foi aceitável.

  VOLKSWAGEN

  A novidade da Volkswagen era a tecnologia da injeção eletrônica de combustível, que chegava equipando o Gol GTI com o motor 2.0 AP, o mesmo que equipava o Santana, apresentado como uma série limitada de 1500 unidades. Além do motor com injeção eletrônica, o carro vinha com novo visual, como o spoiler traseiro pintado na cor do carro e o acabamento interno mais requintado.
  Além do Gol GTI, a Volks apresentava também suas novas cores para a linha 89 e os seus lançamentos que já não eram nenhum segredo, como o Santana e a Quantum com o motor 2000 e a Parati GLS com motor 1.8.  

  A picape derivada do Gol, a Saveiro era o destaque para essa categoria. Com duas versões, a basica de entrada CL, e a GL com mais equipamentos de série com rodas de liga leve. Nas duas versões era utilizado o motor 1.6 e a capacidade de 570 quilos de carga.

  A Quantum CL com motor 2000 era a unica perua nacional de quatro portas. Receber o motor AP 2000 que entregava mais potência, era um vigor a mais, já que o antigo motor 1.8 não tinha força suficiente para o seu tamanho.

  A Parati era a perua mais vendida do pais, e entre suas diversas versões, passava a contar com a GLS que tinha  motor AP 800 emprestado da antiga linha Santana, essa era a versão mais cara e mais luxuosa e com ótimo desempenho.

  CHEVROLET

  No espaço da Chevrolet também haviam muitas novidades, confere o que a GM mostrava para 1989.
   Monza SL/E 2.0: O Monza era o terceiro carro mais vendido e também um dos nacionais mais modernos. Nas versões com motor 1.8 ele também oferecia conforto e ótimo desempenho e agilidade. O 2.0 era mais veloz, mas poderia ter um câmbio mais curto, os dois eram razoavelmente econômicos e eram vendidos nas versões com duas ou quatro portas.
  
  Opala Diplomata: O mais antigo veiculo Chevrolet passava a contar com câmbio automatico opcional na sua versão mais cara, câmbio esse que era utilizado nos BMW e Jaguar. Toda essa linha era silenciosa e de fácil manutenção e de baixo custo, nas duas opções de motorização, sobretudo o Opala 4 cilindros. 

  Caravan Diplomata: A perua Opala grandalhona, com luxo e também a mais cara da categoria na época. Ela completava 14 anos no mercado e ainda continuava confiável assim como o Opala, ela era resistente e de fácil manutenção, mas o consumo alto bem como o mesmo Opala.


  Chevette SL: O Chevette era o carro mais barato do Brasil e era o quarto mais vendido. Para 1989 ele ficava mais agil, com dupla carburação e 9 cavalos a mais no motor, perdia a lentidão e já alcançava 153 km/h de velocidade máxima. 

  Marajó: Ela era muito barata e muito econômica e ganhava qualidade junto com o novo motor do Chevette. Porém, mesmo depois da reestilização na traseira, ainda fazia pouco sucesso, talvez por ser uma perua e não oferecer o espaço esperado.

  Chevy: Na onda das picapes, ela se destacava por ser a unica com tração traseira que facilitava subidas em terrenos acidentados. E tinha um preço bem convidativo para transportar duas pessoal e alguma carga.

FORD

  Escort XR3: O Escort ainda era nosso único conversível de série. A grande novidade para 1989 era a capota elétrica como opcional. Depois disso tornava-se dificil comprar um XR3 descapotavel e não pedir o mimo do sistema elétrico de abertura e fechamento.

  Del Rey Ghia: Para ter o luxo que ele oferecia não precisava gastar muitoo. O motor parecia não ser o suficiente para o seu tamanho mas ainda fazia sucesso com seu publico fiel

  Escort GL: Ele era bonito, tinha um motor transversal, antigo, mas de respostas rápidas. A suspensão era independente nas quatro rodas, ótimo em curvas.

    Belina Ghia: Ela era uma ótima opção para a familia. Devido a uma boa combinação de conforto, espaço e economia, o problema era a perda de desempenho. Mas isso era solucionado com o motor AP800 eprestado do Santana.

  Pampa GL: Entre os preços ela era a mais vendida, junto com a L e a Ghia, está era a lider do mercado de picapes leves e era uma boa opção para o transporte pessoal ou para carga.

 FIAT

  Uno CS 1.3: Era o pai de toda linha Fiat, moderno e atual. Seu fraco desempenho melhorava para 1989, as relações de marca ficaram mais curtas.

  Fiorino pick-up: Chegava para completar a linha derivada do Uno, para tirar de linha a fraca City. Chegava com motor 1.5 e a maior capacidade de carga das picapes leves, era 967 litros ou 620kg.

  Uno 1.5R: Era um esportivo ágil e econômico. Na versão 89, ganhava nova decoração externa com tampa traseira e para-choques em grafite fosco, e também suspensão redesenhada e amortecedores pressurizados.

  -Prêmio CSL: A versão de luxo do sedã da família Uno, era grande por dentro, recebia o painel diferenciado, o mesmo modelo de exportação e alguns retoques estéticos. Como o CS, estara com câmbio mais curto e motor de 82 cavalos e seu desempenho deve melhorar para 89.

  Elba CSL: Era lançada a versão CSL para a Elba, equivalente ao Prêmio mais luxuoso, motor 1.5 de 82 cavalos, câmbio encurtado, painel do Duna e finalmente tampa no porta-malas. A S 1.3 ficava como versão mais simples com câmbio encurtado. A CS saia de linha.

                                                                            GURGEL

  BR800 Picape: Uma versão bem simples e bem simpática do modelo BR800, era apresentada para transporte de cargas.

  BR800 Sedã: Versão sedã para o primeiro carro inteiramente nacional. O motor ficava mais leve, o interior mais confortavel e consumo mais baixo. Segundo a fábrica ele fazia 23,7 km/l de gasolina.

  BR800 conversível: Uma versão do BR800 mais arejado ou com capota de lona, um maldito feito para o verão.

 LANÇAMENTOS FORA-DE-SÉRIE

    Antigamente como quase todos sabem, existiam muitas marcas que fabricavam modelos fora-de-série, geralmente usando mecânica de outros modelos e sempre fabricados em poucas unidades. Grande maioria nunca deixar de ser apenas um modelo exposto no salão, de apenas uma unidade para apresentação.

  Miúra Saga: Era o mais sofisticado e chamativo da linha, com um enorme aerofólio traseiro e uma discutível luz de neon envolvendo os para-choques. A novidade ficava por conta do motor VW 2000.

  Hoffstetter: Um projeto futurista, talvez para aquela época. Dentro havia um exaustor para fumaça de cigarro e a mecânica utilizada era a VW 2000.

  Puma AMV: Fora do mercado desde 1985. em 89 ele voltava com motor mais agressivo, com o mesmo motor do Opala de 6 cilindros. Era fabricado pela Alfa Metais, que mostrava também no sação um Pumminha com motor 1600 de Gol.

  Farus Cabriolet: Chegava em 1989 com mecânica VW 2000 e maior conforto interno. Ele tinha câmbio de cinco marchas e freio a disco nas quatro rodas e maior espaço para motorista e passageiro.

  Adamo Conversível: Com um desenho exclusivo bem equipado e espaço para dois passageiros. Era apresentado no salão com mecânica de VW Santana 2000.

  Monza Adamo: Era uma personalização do Monza de série. A frente era nova, com nova grade, para-choques, para-brisas e capô. Na traseira ele tinha novas luzes e um spoiler.

LANÇAMENTO DE PICAPES DE GRANDE PORTE

  Chevrolet D-20: A Chevrolet mostrava a D-20 que ganhava uma aparência mais caprichada e convidativo. Tinha a capacidade de lavar até 1.150 Kg de carga. O interior não decepcionava e unia o conforto a uma bom painel.

  Chevrolet A-20: Também era apresentado a picape A-20, a versão cabine dupla da GM, com espaço e conforto de sobra para até seis pessoas.

  Ford F1000: A picape Ford que havia sido lançada em 1974, a F1000, mantinha sua imagem de força, robustez e rudeza. O interior espartano fugia das sofisticações, levava menos carga mais tinha desempenho melhor que o da picape GM, D-20.

  


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